sábado, 30 de julho de 2011

Imensurável

O vento que prediz a chuva....
O espaço entre um átomo e outro
A entre-série...
O tempo entre expirar e inspirar
O espaço que existe e não se consegue ver
O vão do infinito
O limite da verdade e a ilusão
O momento antes passar a ação
Um sentimento que transcende a percepção

Aonde começa o respeito de um e termina o de outro.

Eu ainda não acredito como cheguei até aqui, não por outros, mas por mim.......
....e até que descubra, se descobrir, vou marchar até onde conseguir
Porque o que sou não é o que sei e sim...
o que fiz, o que faço e o que farei...........

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Direcionamentos para o tratamento de dependência química

O tratamento da dependência química é uma das poucas coisas na vida que é de fato "JUSTA", quanto mais você investir nele, mais ele te devolverá sendo o inverso também verdadeiro....

1) Saúde se constrói, não é mágica: saúde se cria e se cultiva com comportamentos e pensamentos saudáveis.

2) Manter-se de pé é um desafio contínuo. Ventos e tempestades virão, aquele que construir sua morada na areia não sustentará, porém quem tiver morada construída sobre pedra permanecerá.

3) A recuperação de cada um é proporcional ao investimento que cada um deposita em seu tratamento (é uma das poucas coisas na vida que é de fato “justa”).

4) Regar a semente ; Escrever em uma agenda. Regar a semente (recuperação) um pouco e todo dia. Nem muito, pois encharca, nem pouco porque seca; equilíbrio, constância e tempo. Agregar valor, significado, conteúdo a uma folha em branco.

5) Ninguém pode voltar atrás a fazer um novo começo, mas todos podem mudar o presente e fazer um novo fim (C.X.).

6) Ser um bom egoísta: mais fácil recair tentando salvar alguém do que este alguém ser salvo. Melhorar para mim não para os outros, estes por conseqüência de minha melhora.

7) Tempo ao tempo. Para uma mudança ser sólida, tem de ser construída em pilares sólidos, exercitada e sofrer ação do tempo (que é o senhor das coisas). Cada individuo constrói seu próprio tratamento. As comunidades são ferramentas, mas cabe a cada um utilizá-las da melhor forma.

8) A droga já existia antes de nascermos e continuará a existir depois que morrermos, cabe a decisão interna de viver no mundo sem usar droga.

9) O certo é certo na guerra ou na paz. “Daí a césar o que é de césar e a Deus o que é de Deus”. É difícil o caminho, mas é simples: você sabe quando acerta e erra nas suas escolhas....

10) A quem mais será dado, mais será cobrado. Aproveitar as oportunidades.

11) Cada cabeça uma sentença. Um erro não justifica o outro. Cada pessoa tem seus próprios parâmetros e realidades. Cada um tem sua própria responsabilidade sobre sua própria vivência.

Entropia

Quanto maior o controle, maior o contra controle. É inevitável a entropia, o que muda é sua magnitude, função (+ ou -), causas e consequências.

sábado, 23 de julho de 2011

Novos Hábitos/ Aquisição de comportamento

Geralmente para adquirir novos hábitos, o começo é a parte mais difícil.
Se tomarmos uma crescente constante;
Por exemplo, uma Progressão Aritmética de razão 1 (0, 1, 2, 3, 4). A maior diferença está entre o 0 e 1.
Esta primeira diferença é a maior que todas as outras proporcionalmente.
A diferença de 0 para 1 (começo de algo) é maior do que de 1 para 2 (100%) , de 2 para 3 (50%), de 3 para 4 (25%) e assim sucessivamente, com diferenças significativas progressivamente menores.

Este raciocínio pode ser transferido para o principio de inércia em um corpo “parado”. É necessário maior esforço (energia) para começar a mover um corpo, depois que ele estiver embalado, a energia necessária para manter-lo é menor, pois já estará em movimento.
Ou seja, quando se consegue instalar um novo comportamento por um periodo e intensidade ao ponto de automatizar-lo (realizar "naturalmente"), sua manutenção é fácil
Ainda, este raciocínio pode ser realizado na aquisição de um determinado comportamento.
Exemplo: começar a fazer esporte; no começo pode ser até mais difícil, mas uma vez começado e mantido, a dificuldade em manter-lo quando já instalado é menor (não que não exista), contudo o avanço de desempenho, quanto mais excelente, menos "nítido".


Esta analogia pode ser válida para estimular uma determinada aquisição de comportamento.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Princípio do Equilíbrio e Habituação: auto regulações de sistemas físicos e psicológicos - Parte I

1.1) Princípio da Habituação
Quando uma nova contingência entra em ação, seja coercitiva ou positivamente reforçadora, há naturalmente um período de adaptação; que em maior ou menor tempo, TENDE (ou seja, é uma direção constante e ao mesmo tempo um norteador não uma realidade) à “estabilidade” adaptativa.

Por exemplo: ganhar na loteria X felicidade (Vide Gráfico do princípio da Habituação).


O oposto também, pode ser verdadeiro. Depende do tempo de resposta, magnitude do estímulo e contingências biopsicosociais. Por isso que fatos efêmeros tendem a super ou infra valoração.
Este raciocínio pode ser correlacionado com o valor agregado. Um determinado recurso em um ambiente onde o mesmo recurso é escasso tende a possuir maior valor do que o mesmo recurso em um ambiente no qual é abundante, isto, INDEPENDENTEMENTE do recurso.
Exemplo clássico, um copo da água no deserto tende a ser mais valioso (pelas próprias contingências) do que um copo da água com a mesma quantidade em um local vizinho de uma fonte contínua e natural.

Ou seja, há uma capacidade adaptativa para a habituação das contingências no passar do tempo na vida; independentemente de ser boa ou ruim.

Isto só não é processado quando uma determinada contingência tem uma magnitude tão forte que exerce imediatamente sua influencia na habituação (traumas, acidentes, etc...), mas como forma genérica é um PADRÃO.

1.2) Princípio do Equilibrio
O princípio supra descrito seria análogo a homeostase. Sendo assim, é uma tendência global, generalista, um norte, um equilíbrio e não uma realidade.
Assim como a habituação, acoplado neste raciocínio há uma tendência ou uma pulsão ao equilíbrio natural de diferentes sistemas entre a estabilidade em meio a instabilidade e vice versa, sendo também uma reação dialética (quanto mais perto de extremos de pólos opostos, maior gravidade ao centro ao núcleo, por exemplo: o fragilidade e a grandeza da vida).
Ou seja, parece que tem que haver um equilíbrio que nos rege mesmo sem compreendermos seu real significado; um impulso que desconhecemos mas que mesmo assim age e tem uma função reguladora que tem como referência o equilíbrio.

1.3) Cognitiva/ Psíquica Relatividade
Juntamente com estes princípios (Equilíbrio e Habituação), há uma relatividade de percepção deste equilíbrio, inteferindo na habituação...


Maior quantidade de algo - Menor valor agregado

Menor quantidade de algo - Maior valor agregado
(exemplos: comida, economia)

O oposto também pode ser verdadeiro sendo que um não exclui o outro e sim podem ser complementares.

Maior quantidade de algo - Maior desenvolvimento

Menor quantidade de algo - Menor desenvolvimento
(exemplos: fé, conhecimento....)


Pela própria relatividade é importante ter pontos de vista positivos (otimistas, não irrealistas) pois estinula processos saudáveis. Isto levando em consideração os fatos objetivos porém não se limitando a eles e buscando um ponto de vista construtivo.

Tomemos uma análise de uma situação prática:
Situação 1) uma pessoa sai da casa para ir ao trabalho na hora do rush (já sabe do alto volume de trânsito encontrado nestas contingências), escolha uma das pistas disponíveis na avenida e em relação as outras pistas, a pista escolhida flui muito mais rapidamente e ele chega em seu trabalho em menor tempo que o de costume, chegou em 30 min.
Situação 2) a mesma pessoa, no mesmo trajeto, sai de casa em um horário que não há movimento na rua. Na avenida encontra um acidente que impede o transito durante alguns momentos e atrasa o sujeito, que chega no trabalho em 30 min.

Na primeira situação a pessoa tende a ficar feliz e na segunda tende a ficar insatisfeita, sendo que quantitativamente o tempo foi o mesmo, mas não as contingências e tão pouco a interpretação delas.

Conclusões
Não são os fenômenos em si que influenciam na percepção, mas sim a relação deles com as contingências situacionais.O uso intencional (“consciente”) dos recursos aproxima-os do efeito desejado.
Assim como há relatividade na noção de relatividade de tempo, há relatividade psicológica na interpretação física e subjetiva (muito ou pouco ; bom ou ruim), sendo estas tendências, atemporais, aculturais e arquetípicas!
É importante realizar uma análise funcional situacional para identificar as contingências que exercem maior efeito sobre o fenômeno analisado, assim se terá maior compreensão do próprio fenômeno e maior direcionamento à ação.

Princípio do Equilíbrio e Habituação: auto regulações e gestões de sistemas físicos e psicológicos - Parte II

2.1)
Categorizações
Categorizamos fatos para facilitar a comunicação, didática e compreensão. Os fenômenos não são relativos, como visto,"são o que são", mas isto não ganha significado prático. Categorizações devem ser funcionais no sentido didático e prático; o importante não é focar o rótulo, mas suas contingências e funções.
Os nomes dos fenômenos, suas categorizações são meramente simbologismos didáticos; independentemente disto, os fenômenos são o que são. Algum determinado fato por ser "verdade" não quer dizer que seja funcional. As óticas e as atribuições que são, um mesmo fenômeno pode ser comunicado diferentemente e ter diferentes consequências (o método depende dos objetivos). Em termos objetivos e independentemente de juízos de valores (que são contingências que também devem ser levadas em questão). Uma "verdade" em um momento errado ou expressa de forma errada pode ser mais disfuncional que uma mentira adequada (funcional).


2.2)
Comportamento
O próprio “comportamento” é mantido e/ou excluído pela sua capacidade evolutiva/adaptativa. A funcionalidade do mesmo não é por si só determinante para este processo. Há também a interpretação cognitiva (pelo histórico singular de um individuo, por contingências relacionadas, aspectos filo e ontogenéticos e culturais e assim por diante).
Uma coisa é o comportamento ser funcional, a outra é ser adaptativo, a outra é (como vista a cima) a leitura da pessoa do mesmo...


2.3)
“Verdades” e Crenças
A realidade é um parâmetro, a "verdade" em si não é tão determinante na manutenção/extinção/elaboração dos fatos. As crenças de um sujeito/grupo são mais relevantes e determinantes do que a "verdade objetiva" em si. Assim como o tempo (Teoria da Relatividade), o "certo" e o "errado", em termos holísticos e globais, são perspectivas interpretadas através de percepções e de fatos. Por isso a importância de se conhecer os solos pisados. Conhecendo as crenças e principalmente levando-as em consideração, têm-se importantes artefatos para se chegar ao objetivo desejado.

As crenças são importantes fontes motivadoras para se ter referenciais com o intuito de se chegar ao objetivo (além do mais, tendo claro os objetivos facilita-se a escolha do Método), daí a importância delas. Quanto mais condizentes com o contexto/situação encontrada, maior a probabilidade de se chegar ao que se deseja...Apenas um exemplo básico de contextualização para situar o leitor: crenças que sejam reforçadas de uma forma ou de outra (o que é reforço também pode variar de acordo com o contexto/histórico/interpretação) tende a se manter e as que não são reforçadas, não. Isto Darwin já sabia há mais de 100 anos.

Conclusões
Epifanias podem ser alcançadas tanto de formas indutivas quanto dedutivas, dependo do fenômeno, ponto de partida, ponto de chegada e abordagem. De todas as formas, ambas em última instância convergem para um ponto comum. A chave é o auto-conhecimento!!!

Em termos práticos e atuais,na era da informação o problema está na epistemologia de aprendizagem, didática e organização dos conhecimentos e não nos conhecimentos em si.

Símbolos (exemplo: escritas, desenhos, códigos, etc.) ganham significado pela sua atribuição de significantes, aprendizagem prévia e contexto inserido.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Gostar do que faz...

As pessoas que têm o privilégio de fazer o que gostam possuem em geral:
-maior resiliencia a dificuldades
-maior atenção para as oportunidades.

Ainda, quando o nível de atuação se desenvolve e se torna "automatizado" (tamanho domínio e abertura do fenômeno), a atuação se torna mais funcional de acordo com as contingências.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Ensino mais caro é ensino melhor?

Educação, a saúde e segurança. Estes pilares são básicos e fundamentais para qualquer sociedade em qualquer época.

Estes serviços devem ser públicos e com qualidade mas cada vez mais há privatizações relacionadas a estes aspectos, comprovando uma deficiência do sistema, senão uma deficiência específica (há serviços púlibicos com qualidade mas geralmente são pontuais e por interesse), uma deficiência sistêmica.

Com relação aos recursos destinados a estes serviços tanto os públicos quanto particulares, a seguir uma relação entre educação de qualidade X custo da educação. Esta relação pode ser analogada também para a área da saúde e da segurança.

Quando há recursos, há uma tendência a uma educação com qualidade. Válido ressaltar que é uma tendência, não uma constante.

Tanto no ensino público quanto no particular (pois ensino público também é pago e muitas vezes caro), nem sempre ter recursos garante qualidade, bom uso e/ou distribuição de recursos (humanos, técnicos, estruturais, financeiros, tecnológicos, etc.).