terça-feira, 10 de maio de 2011

Ciência, Sociedade e Produção do Conhecimento: considerações gerais

Primeiramente é importante contextualizar “Paradigmas”; são norteadores das ações sociais em termos tanto macroscópicos quanto microscópicos, possuem uma função essencial na construção e orientação das produções nas mais diversas áreas do conhecimento. São instituições permeáveis e possíveis de serem moduladas em sua relação com o tempo e a realidade, apesarem de terem limiares de resistência a mudanças.
Fazendo uma breve análise sobre a produção do conhecimento no milênio passado: a ciência, após um período sombrio da idade média caracterizado pela desvalorização do conhecimento científico e sigilo do conhecimento produzido, entre os séculos V e XVI, (as crenças religiosas eram muito presentes no cotidiano desde a cultura, costumes, hábitos até poder político e econômico), teve um grande avanço no período iluminista, na “sociedade do conhecimento” (em torno do século XVII). Avanço esse tão expressivo que as ciências se desenvolveram em inúmeras áreas do conhecimento. Essas áreas foram, na época, funcionalmente segregadas em grandes áreas que exercem influencia na produção e organização do conhecimento até hoje: ciências exatas, humanas, biológicas, etc. Isto como forma de organização e desenvolvimento dos conhecimentos,
Os modelos influenciados pelo paradigma newtoniano-cartesiano, desenvolveram-se muito, mas até um certo limite, sendo essenciais para a produção de conhecimentos nas mais diversas áreas. Contudo, houve uma evolução natural nas abordagens no sentido de compreender os fenômenos de forma mais holística, multi e interdisciplinarmente.
Estas novas abordagens têm alta relevância não só pelas demandas sociais e saturação dos paradigmas tradicionais, mas pelas próprias virtudes de suas propostas.As tendências podem ser vistas na sociedade como um todo (maior estreitamento de comunicação entre os países; tecnologia da informação, questões ecológicas globais, normas e diretrizes técnicas internacionais, políticas públicas e econômicas dentro de um capitalismo e socialismo mais globalizado).
Não seria errôneo afirmar que antigamente houve a revolução agrícola, depois a industrial e mais recentemente a da tecnologia da informação. De todas as formas, independente do paradigma vigente ou das formas de produções científicas, objetiva-se, em termos finais, que o conhecimento esteja a serviço do homem e não vice versa.

Programas Stricto Sensu em Psicologia no Brasil

Levantamento das ofertas de programas de pós-graduação em Psicologia no Brasil.
As ofertas de programas aumentaram significativamente, pois desde o ano de 1998 até 2008, surgiram 33 novas ofertas de programas Stricto Sensu, havendo assim um salto de 28 opções para 60 em apenas uma década.
Com relação às regiões geográficas do Brasil, a distribuição dos programas Sticto Sensu, aparece da seguinte forma: norte com 3,33%, nordeste com 18,35%, centro-oeste com 20%, sudeste 46,66% e sul com 11,66%.
Quanto a titulação, 36 universidades têm programas que disponibilizam Mestrado e Doutorado e 24 programas ofertam apenas Mestrado. Importante ressaltar que as avaliações de programas que somente ofertam Mestrado tende a ser inferior do que as que ofertam Mestrado e Doutorado.
Valido ressaltar que as ofertas de programas de pós graduação Stricto Sensu no Brasil mais que duplicou na ultima década, denotando uma possível verticalização do conhecimento em Psicologia em nosso país.
Pesquisa documental realizada na página da CAPES, Novembro 2008. Texto produzido em Janeiro de 2009. A situação atual pode ser verificada no link:
http://conteudoweb.capes.gov.br/conteudoweb/ProjetoRelacaoCursosServlet?acao=pesquisarIes&codigoArea=70700001&descricaoArea=CI%C3%26%23131%3B%26%23138%3BNCIAS+HUMANAS+&descricaoAreaConhecimento=PSICOLOGIA&descricaoAreaAvaliacao=PSICOLOGIA