sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Internamento Compulsório....Sim ou Não?

De uma forma geral, tendo a possuir uma posição a favor com relação ao internamento compulsório, porém, é uma posição teórica. Explico. É uma forma extremista de lidar com um problema cronicamente instalado, quando também outros métodos de tratamento falharam. Em condições crônicas, sou a favor do internamento compulsório, contanto que haja estruturas adequadas de tratamento. Fato hoje que não é uma realidade devido ao grande número de usuários (maior que o número de leitos em comunidades terapêuticas de regime fechado).
Ainda, há uma grande quantidade de recursos que são dissipados nos investimentos em dependência química, pois o índice de manutenção da abstinência não passa na maioria das vezes de 6%. O que vejo também na prática é que muitas vezes a comunicação entre diferentes instituições de saúde, casas de apoio, CAP’S, etc. é débil e falha. Muitas vezes os dependentes químicos saem de uma instituição e vão “empurrados” para outra (acaba o tempo do convênio, residente evade, etc.) e o problema não se resolve, também porque não há um acompanhamento rigoroso no ingresso e principalmente no egresso dos residentes em seus retornos a comunidade.
Assistentes sociais, psicólogos, médicos e até mesmo ex-usuários têm uma jurisdição específica e não há uma comunicação sistêmica, cada um faz sua parte e a comunicação interdisciplinar e principalmente interinstitucional é turva, dissipando ainda mais os recursos e aumentando o re trabalho. Vale ressaltar que os dependentes químicos usualmente carregam consigo outras comorbidades tais como delitos, transtornos psicológicos graves, dst’s, família em risco social entre outros. Sendo assim, a dependência química é um problema real, crônico, de esferas sociais, políticas, econômicas, culturais e psicológicas. Em um mundo aonde o homem vai ao espaço, onde há nanotecnologia, NÃO há cura para dependência química.
Drogas existem a milhares de anos e continuarão a existir indefinidamente sob formas já conhecidas ou não! É uma batalha vigente que necessita de maior compreensão e destaque.... A direção esperada é um convívio com menor prejuízo possível das drogas a saúde das pessoas.

Penso que independentemente de políticas locais de repressão/combate as drogas, acredito principalmente na otimização dos recursos já existentes (monetários, humanos, legais...) para então se investir em maior escala em processos que se demonstrem de fato funcionais, do que um maior investimento desordenado, interventivo e pouco funcional. Ainda, mais importante do que a legislação em si é o exercício dela, por isto tem de ser contextualizada com os fatores supramencionados para ser de fato efetiva.
Quem sabe assim exista uma luz no fim do túnel.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Até que ponto o conhecimento se adéqua ao sistema ou o sistema se adéqua ao conhecimento?

Até que ponto o conhecimento se adequa ao sistema ou o sistema se adequa ao conhecimento?
Um dos exemplos das ciências que me vem na cognição é o Direito. É uma das ciências que menos evoluiu no ponto de vista prático e social nos últimos dois séculos.

Até que ponto a sociedade, por meio de instituições de ensino e governamentais estimulam de fato a promoção da educação e pesquisa no Brasil? Onde as sutilezas estão presentes com representantes das mais diversas manisfestações sociais, mas os objetivos sociais são elegantemente mencionados deixando de lado a realidade de FATO da maioria das instituições de ensino em nosso país!...