sábado, 25 de fevereiro de 2012

Greves: sim, não? Os pilares da sociedade estão sendo mais exigidos, gerando rachaduras pela maior pressão que têm que aguentar.

Como pesquisador da área do trabalho, acredito que sejam importantes as reivindicações por melhorias laborais, inclusive greves. Geralmente as paralisações são a única forma de realmente chamar a atenção para algum fato.

Contudo, em serviços básicos como saúde, educação e segurança é inadmissível ocorrer paradas que comprometam os serviços prestados pelas respectivas categorias. As greves têm potencial para serem funcionais, contudo geram inúmeras consequências; assim que devem ser procurados todos os meios possíveis para evita-las e em último caso utilizar este recurso. Até porque certo ou errado, os profissionais que ingressam em um determinado cargo sabem (ou deveriam saber) em qual ambiente e condições estão se “metendo”. Ainda, mesmo que em nível consciente ou inconsciente, uma greve reforça outra.

De forma alguma seria contra manifestações por melhorias de condições de trabalho (mesmo porque com índice pleno de emprego em Curitiba a exigência cresce), inclusive sou a favor da valorização dos profissionais de serviços básicos da sociedade (profissionais da saúde, meio ambiente, policiais, professores, etc.) assim como reajustes salariais anuais de acordo com a inflação e crescimento econômico. A atual situação de constantes paralisações está concomitante (e quem sabe consequente) a uma ascensão econômica nacional de milhões de pessoas no Brasil, porém com grandes lacunas de reajuste para setores chave socialmente. Enquanto milhões de pessoas ganham um pouco a mais e outros tanto não são punidos por crimes, os pilares da sociedade estão sendo mais exigidos gerando rachaduras pela maior pressão que têm que aguentar.

Todavia as greves não podem se tornar algo pejorativo nem a primeira opção para se alcançar determinadas melhorias e sim a última....

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